visão
ao solar nirvânico
todo o homem em desejos se sacode
uns todos de branco
uns com o sangue cheio de estranhas misturas
substâncias compostas dispostas cheia de ânsia
outros sem saber sabendo
todos de azuis superficiam-se
iguais diferentes iguais.
daquele platô a visão
una anuncia:
daqui se vê nada e tudo
e antes e o que é mais
não há quem veja.
só visão, nem visão.
alguns aproximados ao limbo
ainda ainda murmuraram em outras línguas
que é indizível e outros íveis possíveis.
mas há ainda os vermelhos leela,
ainda porque ainda assim
elementam novas formas
às vezes amorfas, informais
às vezes mortas, normais.
nestes sopros invisíveis
vale o ir por ir no vale
quantos aos picos
basta inverter a folha. |