ela
os olhos dela sorriram.
vestida de azul pálido, entrecortou uma lembrança
de um medo que tive e ainda ressuscita a cada
vez em quando.
em algum lugar senta uma ordem inadmissível,
por ser ela bela, sento na borda, lobo, observo
o movimento que faz, os cabelos, na tela.
um que vem e tenta, o olhar de não e as palavras
sentenciando o não quisto. outro que vai e eu ali,
esperando a certeza mais inexata, um ato que venha
do céu, das novelas, dos retratos: o olhar dela no
meu olho, o sorriso, o sim, a palavra inaudita.
pode ser que um dia eu dance com ela.
como será o nome dela?
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