do círculo feminino
chamar-se-á claro.
nascerá entre palavra e outra
entre dúvida e preces.
na encosta do morro
bezerro berra a fome.
quem tem mãe tem dois,
dois de paus não mata mago.
é claro que o carro avança
sobre a calçada, rua inversa.
inverto o ocaso: o que se der lá,
dar-se-á cá.
passe mágico, plim, imensidão. e o palhaço ri de nada.
palavras são formas de medo
que envolvem minhas loucas pernas
duas que tem-me
duas que estradas fazem
lobas famintas que filhotes comem
passo passado passou.
meu medo sou eu.
quem sou eu?
chamar-se-á escuro.
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